O dia da Terra e a pertença como cura
Автор: Eurico Vianna
Загружено: 2025-04-23
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O Dia da Terra foi inspirado por uma séria de eventos que começaram com a primeira foto do Planeta Terra Visto do espaço, passado um vazamento de petróleo gigantesco na costa da Califórnia, mas principalmente pela publicação de Primavera Silenciosa, de Rachel Carson.
Esse livro foi um divisor de águas para o ambientalismo pela maneira irrefutável que denunciava as consequências devastadoras da agricultura industrial para a saúde do território e das pessoas. Abril marca o começo da Primavera no hemisfério norte e as férias nesse período também foram centrais na articulação dos primeiros protestos.
Mas somos colonizados de formas sutis e frequentemente não percebemos os 'deslocamentos' e distorções de significado e função dessas ações ainda tão fundamentais para o nosso tempo.
É lindo se importar com todo o planeta, mas se resume apenas a sinalizar virtudes se esse sentimento não está arraigado de forma irredutível a um território local e às nossas relações imediatas. A defesa da saúde do planeta não pode ser empreendida se não começar por uma relação de devoção com o território que, literalmente, nos mantém.
O Airton, do sítio Passo Preto, me enviou essa citação do Wendell Berry há poucos dias: "What I stand for is what I stand on." Uma frase com uma nuance que só fica suficientemente clara no idioma inglês. Mas em uma tradução livre seria algo como "O que eu defendo é o chão que eu piso" fazendo uma referência a relação inquebrável de Berry com sua propriedade rural.
Enquanto todos não desenvolverem relações assim, ficaremos praticando um ativismo de teclado facilmente esvaziado de sua razão pelas elites financeiras.
A saúde do planeta é uma função da soma do cuidado com os quinhões que pisamos.
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