FAZENDA na voz de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, edição MOACIR SILVEIRA
Автор: Moacir Silveira
Загружено: 2025-09-29
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Com um certo sentimento de nostalgia o poeta Carlos Drummond de Andrade traz a lume suas lembranças dos tempos de criança, a vida bucólica na fazenda da família.
Como ele mesmo confessa, poucos dias antes de morrer, em 12 de agosto de 1987, quando diz: “No fundo continuo morando em Itabira, através das minhas raízes, e, sobretudo, através dos meus pais e meus irmãos, todos nascidos lá e todos já falecidos. É uma herança atávica profunda que não posso esquecer”.
No poema Fazenda o autor aborda a dicotomia entre o campo e a cidade, e a angústia do ser moderno, tendo que se agarrar as perenes imagens de seus tempos de criança, longe das agruras da vida citadina.
O poema reflete sua vida na fazenda como um espaço de paz, isolamento e harmonia entre o homem e a natureza, onde o cotidiano simples e integral parece cumprir seu papel no ciclo da existência.
FAZENDA
Vejo o Retiro: suspiro
no vale fundo.
O Retiro ficava longe
do oceanomundo.
Ninguém sabia da Rússia
com sua foice.
A morte escolhia a forma
breve de um coice.
Mulher, abundavam negras
socando milho.
Rês morta, urubus rasantes,
logo em concílio.
O amor das éguas rinchava
no azul do pasto.
E criação e gente, em liga,
tudo era casto.
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