LENDA DO CARNEIRINHO MALDITO
Автор: Paulo Ronaldo
Загружено: 2025-12-08
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Lendas, Visagens e Histórias: O CARNEIRINHO MALDITO. 🐑
As três irmãs bateram perna varando a noite e toparam com um filhote desgarrado do capiroto, tava carente doido pra virar pet.
_Em um bairro pouco povoado de Soure, minha mãe passou por um perrengue com suas irmãs em 1950. Depois de jogarem conversa fora e perderem a hora em casa de parentes, elas perceberam que já havia passado das seis da noite e estava bem escuro.
Andavam por um caminho longo, com poucas casas e muito mato, que parecia se fechar sobre elas como paredoes de um labirinto. Quando avistaram um animalzinho solitário e indefeso à beira do caminho, sentiram um arrepio. Com a lanterna, focaram nele e viram que era um carneirinho pequeno e fofinho, de uma brancura sinistra.
Elas se admiraram tanto dele que começaram a mexer com ele, e logo o carneirinho começou a segui-las como um filhote indefeso e mimado. Mas havia algo de errado naquele animal, algo que fazia com que elas se arrepiassem. Elas foram andando, mas ouviram um barulho estranho vindo atrás: o trote de casco pesado quicando o chão.
Quando olharam para trás, viram um bode branco enorme com grandes chifres que soltou um berro dos infernos, um som que fez elas botarem o coração pela guela. O bode disparou atrás delas, com olhos que pareciam queimar em fogo e raiva.
Na correria, elas focavam a lanterna para trás e viam o carneirinho fofinho, mas quando tiravam a lanterna, ele se transformava em um imenso bode medonho dos cornos compridos. Focavam a lanterna era o carnerinho, tiravam a lanterna era o bode. Fizeram isso diversas vezes, sem acreditar naquela mágica macabra.
As três desesperadas entraram na primeira casa que viram aberta, que era de um pessoal fazendo coroas de defunto. Elas invadiram a casa e fecharam a porta, e o pessoal se assustou, sem entender. O bode deu poderosas chifradas na porta, que estremecia tudo. Foi um terror que parecia não ter fim.
O bode rodeou a casa, chifrando toda a parede, com um berro que mais parecia uma risada demoníaca. A casa de madeira sacudia, parecendo que ia desabar, e as três se agarraram umas às outras, aterrorizadas. O povo da casa deu as mãos e fez uma corrente de oração até que ficou tudo silêncio e o bicho sumiu, deixando um suspense pairando no ar.
Um senhor corajoso daquela casa foi o primeiro a sair a rua e estava tudo quieto, ele chamou as três e teve a coragem e a gentileza de acompanha-las até suas casas, com uma expressão escabriada. Nunca mais andaram depois do pôr do sol por aquelas bandas, com medo de encontrar novamente o carneirinho maldito.
Quando os ponteiros do relógio de Soure apontava seis da noite ninguém andava pelas ruas, era quando o terror ficava a espreita, e o bode grande era o menor dos problemas.
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