Metabolismo de purinas: síntese, degradação, via de salvação e regulação

O metabolismo de nucleotídeos de purinas é complexo e requer atenção no estudo. A síntese de adenosina monofosfato (AMP) e de guanosina monofosfato (GMP) é energeticamente custosa e atende não apenas à síntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA), mas ao reparo de DNA também. A redução destes nucleotídeos, que gera desóxirribonucleotídeos via reação mediada pela ribonucleotídeo redutase, é passo necessário para a síntese (replicação) de DNA. Para a síntese de RNA (transcrição), as formas químicas produzidas pela via já servem como substrato. Dependendo do contexto (morte celular, atividade física intensa, outros), é necessário (ou mera consequência) degradar os nucleotídeos de purina, bem como suas bases. Neste processo, forma-se ácido úrico, que é excretado na urina. O acúmulo de ácido úrico, devido a um aumento na taxa de degradação de nucleotídeos púricos ou a deficiência enzimática de fundo genético, aparece na gota. Para evitar a perda de todo o investimento observado na síntese destes nucleotídeos, as células podem usar a via de salvação, na qual reciclam componentes dos ácidos nucleicos. Nesta via, não se forma ácido úrico. Neste vídeo, apresento estas e outras características importantes do metabolismo de purinas. A regulação da síntese de nucleotídeos de purina envolve, basicamente, controle por feedback (retroalimentação) negativo, ou seja, os produtos da via regulam sua produção.

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