A Profetisa da Bahia — A Escrava Que Previu 18 Mortes e Derrubou um Coronel, 1856
Автор: Senzala Sombria
Загружено: 2025-12-10
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/ @senzalasombria
O silêncio da madrugada no Engenho São Francisco foi quebrado por convulsões violentas e gritos de agonia que ecoaram pela Casa Grande. Dezoito pessoas morreram entre março de mil oitocentos e cinquenta e cinco e maio de mil oitocentos e cinquenta e seis, no Recôncavo Baiano, próximo a Santo Amaro — cada morte ocorrendo exatamente como havia sido profetizada dias, semanas ou meses antes por uma mulher escravizada. Seu nome era Ifá, tinha trinta e seis anos, e era conhecida em toda a região como a curandeira que salvava vidas com suas visões ancestrais, dom herdado de uma linhagem de sacerdotisas iorubás. Mas essa série de mortes não começou com profecias de destruição. Começou quatorze meses antes, em março de mil oitocentos e cinquenta e cinco, quando Ifá teve a visão mais clara e devastadora de toda sua vida — e desta vez, não era uma visão de salvação. Era uma visão de vingança. Tudo mudou na tarde em que sua filha Dandara, de apenas quatorze anos, foi violentada pelo feitor Augusto Machado dentro da tulha de açúcar, e quando Ifá correu para denunciar o crime ao Coronel Antônio Ferreira, ele não puniu o feitor. Em vez disso, mandou vender a menina para uma fazenda de café no interior de São Paulo "para apagar o problema e calar a boca da negra". Na noite seguinte, Ifá entrou em transe pela primeira vez desde que chegara ao Brasil aos doze anos — e quando acordou, não trazia mais visões de cura. Trazia dezoito nomes. Dezoito datas. Dezoito formas de morte. E a promessa silenciosa de que cada profecia se cumpriria pelas suas próprias mãos.
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