O que abrimos mão quando usamos a IA?

A revolução industrial prometeu mais comodidades e tempo livre. A eletricidade prometeu mais comodidades e tempo livre... a robótica prometeu libertar os humanos do trabalho pesado. Os computadores, a internet e na sequência os telefones celulares prometeram mais produtividade, conectividade e um mundo de informações na ponta dos nossos dedos.

Embora as promessas tenham sido parcialmente cumpridas, nunca trabalhamos tanto e nunca a informação serviu mais para causar ansiedade, medo e desarticulação do que agora. O cidadão médio vive hoje com mais comodidades que um rei medieval, dizem os que defendem o sistema econômico vigente. Mas por desigualdades infinitamente menores dos que a que temos hoje, os franceses viraram as guilhotinas contra a elite financeira daquele tempo.

Tudo que até hoje prometeu comodidades, trouxe na verdade vulnerabilidade e dependência para as pessoas comuns e mais controle para as elites financeiras.

Por quê, com tantas evidências históricas desse padrão, as pessoas hoje envolvidas com as causas socioambientais abraçam tão rapida e inocentemente as Inteligências Artificiais?

Esse é um trecho das tertúlias literárias que tem acontecido com os apoiadores do livro @meucadernodeidaparaocampo com as reflexões do Wendell Berry sobre porque ele escolheu não usar o computador pessoal para escrever sua obra. Quem sabe inspire mais questionamentos sobre os impactos negativos do uso das IAs nas dimensões socias, culturais, intelectuais e ecológicas nas nossas vidas.

#inteligênciaartificial #wendellberry #ecologia