PODE SER O MENOR OBJETO DE MATÉRIA ESCURA DO UNIVERSO CONHECIDO
Автор: Ciência News
Загружено: 2025-10-10
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Durante décadas, os astrônomos têm buscado uma resposta para uma das maiores perguntas do cosmos:
O que é a matéria escura?
Ela não emite luz, não reflete, não absorve — e, ainda assim, sua gravidade molda o universo.
Agora, uma equipe internacional de cientistas acaba de detectar o objeto escuro de menor massa já encontrado, usando nada menos que... a própria gravidade como lente.
Prepare-se para uma viagem às profundezas do espaço-tempo — onde até o invisível deixa sua marca.
A descoberta vem de uma colaboração liderada pelo Instituto Max Planck de Astrofísica, na Alemanha.
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, utilizou uma das ferramentas mais poderosas da astronomia moderna: o efeito de lente gravitacional.
Einstein previu isso há mais de um século — a ideia de que a gravidade de um corpo massivo pode desviar e distorcer a luz de objetos mais distantes.
Como uma lente cósmica, ela dobra o espaço-tempo, revelando o invisível.
A equipe analisou a luz de uma galáxia extremamente distante — a mais de 10 bilhões de anos-luz da Terra.
Essa luz, ao atravessar o universo, passou por uma região onde havia algo... muito denso.
Não uma estrela, nem uma galáxia, mas um aglomerado de matéria escura, com uma massa de cerca de um milhão de sóis.
Devon Powell, principal autor do estudo, explica:
“Procurar objetos escuros que não emitem luz é claramente desafiador. Como não podemos vê-los diretamente, usamos galáxias muito distantes como luz de fundo — e procuramos por suas marcas gravitacionais.”
E foi exatamente isso que eles encontraram: um leve pinçamento em um arco luminoso no céu — a assinatura perfeita de uma lente gravitacional invisível.
Para alcançar essa sensibilidade, os pesquisadores combinaram dados de uma rede global de radiotelescópios:
o Green Bank Telescope, o Very Long Baseline Array e a Rede Interferométrica Europeia de Linha de Base Muito Longa.
Esses instrumentos, juntos, formam um supertelescópio do tamanho da Terra — capaz de captar as distorções sutis deixadas por objetos que não brilham, mas curvam o espaço.
John McKean, da Universidade de Groningen e coautor do estudo, descreveu o momento da descoberta:
“Assim que obtivemos a primeira imagem de alta resolução, notamos um estreitamento no arco gravitacional. Era o sinal de que estávamos no caminho certo. Somente um aglomerado escuro de massa poderia causar isso.”
Para “ver” esse objeto invisível, os astrônomos usaram uma técnica chamada imageamento gravitacional.
Ela consiste em modelar matematicamente a luz distorcida por um campo gravitacional — e reconstruir o que está escondido atrás dela.
Mas o desafio era imenso: o volume de dados era tão grande que foi necessário desenvolver novos algoritmos e executá-los em supercomputadores.
Simona Vegetti, também do Instituto Max Planck, explicou:
“Os dados são tão complexos que tivemos que criar novas abordagens numéricas. Isso nunca havia sido feito antes.”
E o resultado não deixou dúvidas: o menor objeto escuro já detectado — cerca de 100 vezes menos massivo do que qualquer outro observado até hoje usando essa técnica.
Mas o que exatamente é esse objeto escuro?
Seria uma pequena galáxia? Um aglomerado denso de matéria escura fria?
Ou talvez uma pista sobre a própria natureza dessa substância misteriosa que compõe 85% de toda a matéria do universo?
Powell acredita que essa descoberta é um marco.
“Esperamos que todas as galáxias, inclusive a Via Láctea, sejam repletas desses aglomerados de matéria escura. Encontrá-los — e provar que existem — exige uma análise numérica precisa e muita paciência.”
A teoria dominante hoje é a da matéria escura fria — partículas massivas e lentas que interagem apenas pela gravidade.
Segundo essa hipótese, o universo é repleto de pequenos aglomerados invisíveis, que atuam como “sementes” da formação galáctica.
E esta observação é consistente com essa teoria.
A equipe encontrou exatamente o tipo de objeto que o modelo prevê — nem mais, nem menos.
Mas se novos achados mostrarem quantidades diferentes, será preciso repensar parte do que sabemos sobre o cosmos.
Para a comunidade científica, o achado é duplamente importante.
Primeiro, por demonstrar que é possível detectar objetos tão pequenos e escuros com radiotelescópios de alta precisão.
E segundo, por abrir um novo caminho para mapear a distribuição da matéria escura no universo.
Sim, talvez nunca vejamos a matéria escura diretamente.
Mas suas pegadas gravitacionais agora podem ser rastreadas — como sombras deixadas pela própria estrutura do espaço-tempo.
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