A Incredulidade da Luftwaffe com o Alcance do P-51: 80 Caças Perdidos Sobre Berlim em 1 Dia

O Alto Comando alemão tinha uma certeza absoluta: nenhum caça americano conseguiria escoltar bombardeiros até Berlim. Seus cálculos eram perfeitos. Seus relatórios de inteligência, impecáveis. Seus pilotos tinham ordens claras baseadas nesse fato incontestável. Mas às sete e quarenta e dois da manhã de seis de março de mil novecentos e quarenta e quatro, em uma pista de pouso fria na Inglaterra, a realidade estava prestes a destruir todos os seus cálculos.

No cockpit de um caça P-51B Mustang, o Coronel Donald Blakesley se preparava para liderar uma missão no coração do território inimigo. O destino, a quinhentos e sessenta milhas de distância, era um lugar que os tripulantes de bombardeiros americanos haviam aprendido a temer mais do que qualquer outro. A viagem de ida e volta somava mil e cem milhas, muito além do que qualquer caça de escolta já havia conseguido voar.

A tática alemã era brutalmente eficaz. Os pilotos da Luftwaffe esperavam pacientemente, circulando como predadores logo além da linha invisível onde os caças americanos eram forçados a retornar por falta de combustível. No momento em que a escolta virava para casa, centenas de caças alemães mergulhavam sobre os bombardeiros agora indefesos. As perdas americanas haviam se tornado uma hemorragia, ameaçando paralisar toda a campanha de bombardeio diurno.

Naquela manhã, porém, o avião de Blakesley carregava um segredo que não constava nos relatórios alemães. Sob suas asas, havia uma inovação que tornaria o impossível não apenas possível, mas rotineiro. A certeza alemã estava prestes a se transformar em choque.

Mas antes de testemunhar a virada na guerra, é preciso entender o custo terrível que tornou essa missão tão desesperadamente necessária.