Castelo da Feira – Berço Esquecido da Independência - Castelos de Portugal
Автор: Portugal Esquecido - Carlos Almeida - Mototurismo
Загружено: 2025-07-22
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Bem-vindos ao Portugal Esquecido.
Hoje vamos conhecer um dos castelos mais icónicos do nosso país…
…e, curiosamente, também um dos mais esquecidos quando falamos da origem de Portugal.
O Castelo da Feira, também conhecido como Castelo de Santa Maria da Feira, ergue-se sobranceiro à cidade do mesmo nome, no distrito de Aveiro.
Classificado como Monumento Nacional desde 1910, é hoje considerado um dos exemplos mais completos da arquitetura militar medieval portuguesa.
Mas a história deste lugar… começa muito antes das muralhas.
Na pré-história, já havia aqui ocupação humana.
Mais tarde, os Lusitanos erguem um templo em honra de Bandeve-Lugo Tueræus, uma divindade que hoje poucos conhecem.
E quando os romanos invadiram a Península, aqui passava uma importante estrada que ligava Olissipo a Bracara Augusta — ou seja, Lisboa a Braga.
Durante séculos, este lugar foi sagrado…
Mas com a chegada do cristianismo e da Reconquista, o centro pagão transforma-se.
A feira regional que aqui se desenvolve ganha tanta importância que dá nome ao local: Feira de Santa Maria.
A primeira referência à fortificação é feita em 1045, na Chronica Gothorum, quando Bermudo III de Leão derrota um chefe mouro nas “terras do Castelo de Santa Maria”.
É nessa altura que nasce a base da Torre de Menagem.
Mas é no século XII que o castelo ganha verdadeiro protagonismo.
Após a morte do Conde D. Henrique, as terras do Condado Portucalense — incluindo este castelo — estão em disputa.
É aqui, nestas muralhas, que se forja uma aliança decisiva:
O nobre Ermígio Moniz, apoiante de D. Afonso Henriques, junta-se a outros fidalgos contra a regência de D. Teresa e os galegos.
O resultado? A Batalha de São Mamede, em 1128, e o nascimento de um novo reino: Portugal.
Na altura, as terras de Santa Maria estendiam-se do Douro a Ovar, da costa atlântica ao rio Arda.
Um território vasto, rico… e estratégico.
O castelo foi refúgio de rainhas e palco de conflitos familiares.
D. Dinis oferece-o como parte das arras à Rainha Santa Isabel.
E o infante D. Afonso chega mesmo a tomar o castelo ao pai, antes da reconciliação entre ambos.
Nos séculos seguintes, o castelo muda de mãos diversas vezes — de condes a alcaides, de rainhas a infantes.
Já no século XVII, constrói-se no interior das muralhas o Palacete dos Condes da Feira.
Mais uma transformação.
Mas em 1722, um incêndio destrói grande parte do complexo.
O castelo entra num longo período de abandono e ruína.
A recuperação só começa timidamente no século XIX, com algumas limpezas e visitas reais.
Já no século XX, surgem campanhas públicas de restauro e vigilância.
Hoje, o Castelo da Feira continua a lutar contra o tempo.
Em 2022, foi anunciada uma intervenção de 700 mil euros para consolidar muralhas, recuperar a escadaria em espiral do poço e reabilitar o antigo paço do século XVII.
Estão também previstas recriações de mobiliário medieval, para dar nova vida aos seus espaços.
O Castelo da Feira é muito mais do que um monumento bonito.
É testemunha viva de guerras, alianças e recomeços.
Um berço esquecido da nossa independência, onde a história de Portugal começou a ganhar forma.
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