A criação de gado no sertão é quase uma história de resistência!
Автор: OK NO MUNDO
Загружено: 2025-11-23
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A criação de gado no sertão é quase uma história de resistência – da terra, das pessoas e dos próprios animais.
No início do ano, quando o sol ainda se esconde atrás das caatingas, os vaqueiros já acordam antes do canto do galo para abrir os currais e soltar o rebanho. O pasto, escasso e espinho‑verde, exige que cada cabeça de gado saiba aproveitar até a última folha de mandacaru. Por isso, os criadores investem em raças adaptadas ao clima seco, como o Nelore e o Guzerá, que suportam longos períodos sem chuva e ainda mantêm boa produtividade de carne.
A água, então, torna‑se o bem mais precioso. Poços artesianos e cisternas são construídos com muito esforço, e a rotina inclui caminhar quilômetros para abastecer os bebedouros. Quando a estiagem se prolonga, o manejo se torna ainda mais estratégico: os animais são levados para áreas de reserva, onde a vegetação ainda guarda alguma umidade, e a suplementação com farelo ou silagem ajuda a evitar perdas.
Além do aspecto produtivo, a criação de gado no sertão está entrelaçada com a cultura local. As festas de São João, as cantorias de viola e as rodas de peão celebram não só a colheita, mas também o trabalho diário dos que lidam com o rebanho. Cada boi marcado, cada trilha percorrida, conta um pedaço da história da família que vive ali há gerações.
Assim, entre o som seco do vento na caatinga e o mugido distante dos bois, a criação de gado no sertão segue firme: um equilíbrio delicado entre a dureza do ambiente e a perseverança humana, que transforma o que parece árido em sustento e tradição.
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