O Poeta Que Via o Infinito: Como William Blake Transformou Delírio Em Filosofia

William Blake não foi apenas um poeta. Foi um profeta da imaginação, um pintor de mundos invisíveis, um homem que ousou ver o divino em meio à lama da razão.

Chamado de louco, herege e sonhador, ele respondeu ao mundo com a única arma que possuía: a palavra. Sua poesia não descrevia o real, ela o recriava.
Para Blake, o universo era um espelho vivo da alma, e a alma, um fragmento do próprio infinito.

Enquanto Londres se cobria de fumaça e máquinas, ele via anjos caminhando sobre os telhados e demônios chorando nas chaminés.
Não era metáfora. Era visão. Blake afirmava ver seres espirituais como quem vê amigos de infância. A sociedade o chamou de insano. Ele sorriu e continuou escrevendo sobre Deus, o homem e o abismo entre ambos.

Para ele, a razão era uma prisão, um cárcere dourado onde os homens se acostumaram a viver. A imaginação, dizia, é o corpo de Deus em nós, a centelha que cria mundos e destrói as grades do medo. Ele acreditava que a loucura não é o oposto da razão, mas o excesso de lucidez que o mundo não suporta.

Em seus versos, o cordeiro e o tigre convivem, o bem e o mal se beijam, e o divino sangra junto ao humano. Blake enxergava a divindade não no céu, mas no coração que ousa imaginar. Por isso, morreu pobre e incompreendido, mas livre, e talvez mais lúcido que todos os reis de seu tempo.

Este vídeo é uma travessia pela mente de um homem que viu o que a humanidade se recusa a enxergar. É um mergulho filosófico, poético e espiritual sobre o preço de enxergar demais. Porque, às vezes, a verdadeira loucura é ver o que os outros decidiram não ver.

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