Como é feita a correção do plano oclusal inclinado com aparelhos fixos e alinhadores.

Antes de tudo, é importante ressaltar que, neste caso, o padrão de sorriso do paciente permite a abordagem compensatória, e não há discrepância significativa entre os ramos da mandíbula. Caso essa discrepância estivesse presente, ela não contraindica totalmente o tratamento compensatório, mas certamente aumentaria a complexidade e conferiria um prognóstico mais reservado, especialmente quanto à estabilidade a longo prazo.

Outro ponto fundamental é que a exposição gengival era maior exatamente na região submetida à intrusão. Essa característica foi determinante para a escolha da mecânica, pois, se não houvesse exposição gengival aumentada, a extrusão contralateral seria a alternativa mais apropriada para restabelecer a harmonia do sorriso e o equilíbrio vertical.

Como identificar o desvio:

1 - Sorriso com maior exposição gengival unilateral, sugerindo assimetria vertical dentoalveolar.

2 - Percepção de que um incisivo parece mais longo que o outro, mesmo após uma montagem oclusal correta, indicando discrepância de nível ou inclinação.

3 - Linha média desviada artificialmente, não por assimetria esquelética verdadeira, mas secundária à diferença de altura dentária ou à compensação ortodôntica.

4 - Fotografias e exames clínicos mostrando inclinações ou discrepâncias de planos oclusais que se tornam evidentes no sorriso.

Esses achados, avaliados em conjunto, orientam a decisão terapêutica e ajudam a determinar se o caso é adequado para compensação ortodôntica ou se exige uma abordagem mais complexa.