COREMAS: Onde o Sertão se Transforma em Energia. O Segredo Escondido Sob as Águas na PARAÍBA. CHESF
Автор: O Descobridor
Загружено: 2025-11-11
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No coração do Sertão Paraibano, surge uma das cidades mais bonitas e com maior potencial turístico e econômico no Estado. Nesse município, existe uma usina hidrelétrica que quase ninguém conhece, escondida sob a barragem do Açude Estevam Marinho. Essa cidade impressiona pela história, cultura e atrativos paisagísticos moldados pelo homem, em harmonia com a Natureza. Neste vídeo, apresentamos a bela Coremas.
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A Usina Hidrelétrica Raimundo Nonato de Melo entrou em funcionamento em meados do século passado e, por décadas, foi responsável por levar energia para diversas cidades do Alto Sertão da Paraíba e de outros estados, como o Ceará. Com duas turbinas (uma alemã e outra americana), a usina foi um marco de engenharia no semiárido nordestino, provando que até nas regiões mais secas, a força da água pode gerar luz e desenvolvimento. Atualmente, a usina opera apenas em períodos específicos, quando o nível das águas permite.
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Através de belas imagens, apresentamos um pouco da história dessa estrutura impressionante, construída entre as décadas de 1930 e 1940, que continua sendo símbolo de resistência, memória e engenhosidade humana. A barragem de Coremas é muito mais que um reservatório: é o símbolo de uma conquista humana sobre a seca, e também um espelho da história de um povo. Na época da construção, Coremas era apenas uma vila e a barragem trouxe mais vida, trouxe mais gente (engenheiros, operários, famílias inteiras que vieram de todas as partes do Nordeste). Foi a barragem que deu origem à cidade que conhecemos hoje. Com o açude, surgiu uma nova economia. A pesca floresceu, e Coremas até se tornou um grande polo produtor de peixes. Aliás, o comércio de peixes já movimentou muito o comércio e a cultura local. Existia, aqui, a tradicional Feira do Peixe, que ocorria todas as quintas-feiras. Era um dos destaques da cidade. Pena que não existe mais.
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A barragem é formada por um imenso talude artificial de terra e pedras com quase 1,5 km de extensão. Sua estrutura, assim como qualquer represa, seja de concreto ou de terra, exige cuidados constantes. É como um corpo vivo que precisa estar sempre limpo, livre de raízes e de vegetação. Atenção DNOCS, atenção CHESF, atenção CBHPPA (Conselho da Bacia Hidráulica de Piancó, Piranhas e Açu) Seria bom fazer um tratamento com relação a toda a vegetação que está se enraizando no talude. São plantas que, à primeira vista, parecem inofensivas, mas podem abrir fissuras no solo e comprometer a segurança da barragem.
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Ao lado da barragem de Coremas, temos o Açude Mãe D’Água. São dois açudes tão próximos que se unem na época de cheia, formando um único espelho d’água. Eles se unem através de um canal, no ponto mais próximo entre os dois lagos. Juntas, as barragens de Coremas e Mãe D’Água formam a principal reserva hídrica do Sertão, podendo acumular quase 1 bilhão e meio de metros cúbicos de água, um volume que dá vida a mais de 100 municípios e a centenas de milhares de habitantes da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
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A barragem de Coremas segue viva. Serve à pesca, ao lazer, ao abastecimento e, acima de tudo, à identidade do seu povo. Mas o tempo e a falta de cuidado cobram seu preço. O assoreamento, as invasões e a poluição ameaçam o futuro do açude. Preservá-lo é preservar a história e o sustento de uma boa parte do sertão.
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Quando o sol se põe sobre suas águas, a barragem reflete mais que o céu do Sertão: reflete a força de uma gente que aprendeu a transformar a escassez em resistência, e a dureza da terra em um mar. O mar do sertão.
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