BURACO NEGRO M87* INVERTE O CAMPO MAGNÉTICO — E DESAFIA A FÍSICA!
Автор: Ciência News
Загружено: 2025-09-16
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A primeira imagem de um buraco negro, registrada em 2019, mostrou ao mundo a sombra de M87*, o gigante que habita o centro da galáxia Messier 87, a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra. Esse monstro cósmico tem cerca de seis bilhões de vezes a massa do Sol e foi revelado graças a um instrumento único: o Telescópio do Horizonte de Eventos, ou EHT.
Mas o EHT não é um telescópio comum. Ele não está em um único lugar do planeta. Na verdade, é uma rede global de radiotelescópios sincronizados com precisão, que observam o mesmo objeto ao mesmo tempo. A técnica usada se chama interferometria e, combinando os sinais coletados, é como se a humanidade tivesse construído um telescópio do tamanho da própria Terra. Só assim foi possível enxergar algo tão pequeno e tão distante quanto a sombra de um buraco negro.
Agora, novas observações feitas pelo EHT revelaram algo surpreendente: o campo magnético ao redor de M87* não está apenas ativo — ele está mudando de direção com o tempo.
E como sabemos disso? A resposta está na polarização da luz. A luz pode ser polarizada, ou seja, suas ondas podem oscilar em direções específicas. Esse padrão guarda informações sobre os campos magnéticos que a luz encontra em seu caminho. É exatamente isso que o EHT mede: a polarização do plasma superaquecido que gira perigosamente perto do horizonte de eventos.
Os pesquisadores compararam dados coletados em 2017, 2018 e 2021. O tamanho do anel de luz, correspondente à sombra prevista pela teoria da relatividade de Einstein, permaneceu praticamente o mesmo. Mas o padrão de polarização mudou de forma radical: em 2017, as linhas de campo estavam organizadas em uma direção; em 2018 pareciam mais estáveis; e em 2021, estavam invertidas, apontando para o lado oposto.
Segundo Paul Tiede, do Centro de Astrofísica de Harvard e Smithsonian, esse resultado mostra que o plasma magnetizado ao redor do buraco negro está longe de ser estático — ele é dinâmico e extremamente complexo, levando os modelos atuais da astrofísica ao limite. Já o astrônomo Jongho Park, da Universidade Kyunghee, destacou que a inversão foi totalmente inesperada e mostra o quanto ainda não compreendemos a região próxima ao horizonte de eventos.
E por que isso importa? Porque esses campos magnéticos podem estar diretamente ligados à formação dos jatos relativísticos de M87*: fluxos de partículas aceleradas quase à velocidade da luz que se estendem por até cinco mil anos-luz e influenciam a evolução da própria galáxia. Entender essas mudanças é essencial para explicar de onde vem a energia capaz de lançar tais jatos cósmicos.
Essas descobertas só foram possíveis porque o EHT vem sendo constantemente aprimorado. Em 2021, dois novos telescópios foram adicionados à rede, como o NOEMA, na França, e o Kitt Peak, no Arizona, aumentando a sensibilidade e a precisão dos dados. Como explicou Michael Janssen, da Universidade Radboud e do Instituto Max Planck, cada novo instrumento e cada novo algoritmo conspiram para gerar resultados inesperados e novas perguntas que vão nos ocupar por muitos anos.
O estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics e deixa duas mensagens claras: a sombra do buraco negro segue estável, como Einstein previu, mas os campos magnéticos que a cercam dançam em um ritmo caótico, revelando que ainda sabemos muito pouco sobre a física que governa esses colossos cósmicos.
E aqui fica a provocação: se até os campos magnéticos de um buraco negro podem se inverter em questão de poucos anos, o que mais o Universo ainda guarda para virar de cabeça para baixo nossas teorias?
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