Cultne Notícias - 11/06/2025

Boa noite, Brasil. Bem-vindos e bem-vindas ao Cultne Notícias. Eu sou Inara Ayana, e estas são as principais notícias de hoje, quarta-feira, 11 de junho de 2025.

Hoje, vamos falar sobre os avanços e desafios nas políticas de igualdade racial, com destaque para a nova carta em defesa da saúde da população negra em Alagoas e um importante debate na Câmara dos Deputados sobre o empoderamento econômico afro-brasileiro. Também trazemos notícias sobre a luta contra o racismo, incluindo o indiciamento de uma professora por injúria racial na Universidade de Brasília. Na cultura, vamos celebrar a oficialização da profissão de trancista e a vibrante cena cultural afro-brasileira.

Uma carta aberta, resultado de um seminário de dois dias em Alagoas, foi aprovada para reforçar a defesa da saúde da população negra, quilombola e dos povos de terreiro.[1] O documento, que contou com a participação de representantes dos ministérios da Saúde e da Igualdade Racial, aponta diretrizes e denuncia a negligência histórica enfrentada por essas comunidades.[1] Entre as propostas estão a valorização das medicinas tradicionais africanas, o reconhecimento dos terreiros como espaços de cuidado e a qualificação antirracista dos profissionais do SUS.[1] A carta será encaminhada a gestores públicos para pressionar pela implementação de políticas de equidade em saúde.[1]

Em Brasília, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realizou hoje uma audiência pública para debater o empoderamento econômico da população afro-brasileira.[2][3] Proposta pela deputada Benedita da Silva, a discussão reuniu especialistas, representantes do governo e da sociedade civil para discutir estratégias de inclusão econômica.[2][3] A deputada destacou a urgência de políticas públicas que reduzam as desigualdades estruturais, apontando dados do IBGE que mostram a disparidade salarial e o acesso limitado a crédito para a população negra.[2][3]

Uma professora da Universidade de Brasília foi indiciada pela polícia por injúria racial contra uma estudante.[4] O caso, que está em investigação, gerou um intenso debate sobre a necessidade de um ambiente acadêmico seguro e antirracista.[4] Especialistas reforçam a importância de políticas de igualdade racial e programas educacionais para combater o preconceito nas instituições de ensino.[4] A universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.[4]

Uma vitória para a cultura e a economia afro-brasileira: a profissão de trancista foi oficialmente reconhecida e incluída na Classificação Brasileira de Ocupações.[5] A medida representa uma conquista histórica para milhares de mulheres, em sua maioria negras, que agora buscam a garantia de direitos trabalhistas.[5] O reconhecimento é visto como uma reparação simbólica e um passo importante para a valorização de saberes ancestrais.[5]

No Pará, o Tribunal de Justiça instituiu um programa para incentivar a capacitação de pessoas negras para o ingresso na magistratura.[6] A iniciativa oferecerá bolsas de estudo para cursos preparatórios e busca ampliar a diversidade racial no sistema de justiça.[6]

A cena cultural segue vibrante. Em Fortaleza, o espetáculo de dança "MALEMOLE" celebra o corpo e a diáspora, resgatando a malemolência como código de resistência e afirmação poética de territórios afrodiaspóricos.[7] Em São Paulo, o Centro Cultural da Juventude oferece hoje oficinas de danças urbanas e capoeira, promovendo a valorização da ancestralidade e da cultura afro-brasileira.[8]

E em Belém, que se prepara para a COP30, um evento do TEDxAmazônia debateu a restauração da floresta.[9] A cantora e ativista indígena Djuena Tikuna abriu o evento, que também anunciou a realização do TED Countdown House durante a conferência do clima, um espaço para debates sobre a emergência climática.[9]

Essas foram as principais notícias de hoje. O Cultne Notícias fica por aqui. Tenham todos uma excelente noite.