Diário Sonoro: sons do cotidiano
Автор: Ana Clara Duarte
Загружено: 2025-11-20
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Me chamo Ana Clara Corrêa Duarte, e sou estudante do curso de Serviço Social, este trabalho é referente ao Núcleo Livre de Diários: Leitura, escrita e prática que estou fazendo na faculdade de Artes Visuais da UFG.
Meu Diário Sonoro é uma produção artística e reflexiva que une registro, memória e expressão. Ele surgiu a partir do vínculo afetivo que tenho com a música e assim, da percepção de que os sons são formas poderosas de comunicação, identidade e pertencimento. Em vez de focar apenas na imagem, escolhi destacar os sons do cotidiano, que se entrelaçam com a natureza, o urbanismo, vozes e músicas, que revelam vivências, afetos e histórias que muitas vezes passam despercebidas. Ao longo do processo, registrei sons em deslocamentos, momentos de convivência, viagens e espaços, observando que, mesmo lugares aparentemente vazios podem estar cheios de vida sonora. Além de um caráter documental, o meu diário é também expressivo e artístico, pois transformei esses registros em reflexões poéticas. Com o celular, capturei vídeos e sons, editei, selecionei e incluí poemas declamados, criando uma narrativa sonora que expressa identidade, nostalgia, pertencimento e movimento. Nesse sentido, este Diário Sonoro é, ao mesmo tempo, registro, arte, memória e identidade. Um modo de ouvir a vida, sentir os lugares e reconhecer histórias que ressoam sobre o cotidiano.
Caracteristicas e processo de criação:
Registros do cotidiano: sem demarcar rotas ou roteiros, fui registrando os sons a medida em que ia vivendo… não estava apenas passando pelos lugares mas escutando os lugares.
Escolhas criativas: capitei todos as formas de sons possiveis, não me apeguei apenas um tipo de sonoridade.
Escolha dos sons: foi marcada pela minha experiência, sentimentos, reflexões e percursos.
Caráter do diário: documental e artístico, pois, foi utilizado para registrar o cotidiano, meus deslocamentos, rotina e sons que compõem minhas vivências. E ao mesmo tempo, além de gravar eu escrevi poesias inspiradas por esses sons.
Processo de criação: gravei tudo pelo celular, para as gravações utilizei apenas a camera do meu celular, as gravações aconteciam no meu cotidiano enquanto eu me deslocava, andando pela rua, no ônibus ou na estrada para a universidade, registros rápidos e espontâneos, feitos com o que eu tinha ali na hora, meu celular.
Processo de edição: depois de gravar passei todos os vídeos para meu tablet. Usei o aplicativo CapCut para montar tudo, os sons, imagens, e também para inserir minhas narrações poéticas. Escrevi essas poesias a partir de minhas reflexões sobre os sons que gravei e com todas as poesias escritas gravei alguns áudios criado diálogo entre os sons de meu diário e minhas reflexões.
Foi nessa experiência que eu comecei a entender que o som também é relação: relação com o espaço, com o tempo. E comecei a pensar na minha própria relação com os lugares. Hoje, eu vivo muito em deslocamento: casa, ônibus, estrada, campus, viagens. E percebi que os lugares que mais me pertencem talvez não sejam espaços fixos, mas momentos sonoros. Como se meu lar estivesse muito mais nas sonoridades que me acompanham do que em um endereço específico.
Então, ao mesmo tempo em que eu gravava o som dos lugares, eu fui entendendo que, de certa forma, os sons também estavam gravando a mim. Eles revelaram esse sentimento de ‘não-lugar’, de estar sempre em trânsito e, ao mesmo tempo, o pertencimento que eu sinto quando escuto algo familiar: uma voz, um canto, uma risada. Foi aí que eu entendi que o som é memória, identidade, afeto e também é lugar. Pertencimento!
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