Durante audiência, Renê Júnior nega ter confessado assassinato de gari em BH

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Renê Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir Fernandes, de 44 anos, em agosto deste ano, foi interrogado na manhã desta quarta-feira (26), durante o segundo dia da audiência de instrução, realizada por videoconferência, em Belo Horizonte.

Na audiência, Renê afirmou ter vivido de forma isolada por muitos anos devido a uma doença do irmão e confirmou sua formação universitária, mencionando os diplomas anexados ao processo. Ele também declarou ter sido julgado pela imprensa.

Sobre o dia do homicídio, Renê disse que estava armado porque vinha sofrendo ameaças de um ex-sócio supostamente ligado ao jogo do bicho, situação pela qual, segundo ele, registrou um Boletim de Ocorrência.

Apesar das declarações, Renê não respondeu diretamente se efetuou ou não o disparo que matou o gari. Ele também negou ter confessado o crime na delegacia e alegou que foi coagido por policiais, que teriam ameaçado prejudicar sua esposa caso não colaborasse. O réu disse acreditar estar sendo perseguido e admitiu não saber se seu casamento com a delegada Ana Paula Lamego Balbino, dona da arma usada no crime segundo a Polícia Civil, resistirá aos desdobramentos do caso. O processo referente à delegada foi desmembrado e tramita separadamente.

Ao final da audiência, a defesa solicitou prazo para apresentar um requerimento relacionado ao recolhimento de dados do celular de Renê. A juíza Ana Carolina Rauen concedeu dois dias, a partir de 1º de dezembro, para a entrega de diligências complementares e novos pedidos.

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