Cachos de uvas gigantes na "vinha fenómeno" de Guimarães
Автор: GuimaraesDigital
Загружено: 2025-09-09
Просмотров: 4600
www.guimaraesdigital.pt
"Com meia dúzia de cachos enche-se um cesto. Não imagina o gosto que sinto ao ver estas uvas tão perfeitas a brilhar ao sol", não se cansa de repetir Joaquim Marques, ao percorrer os bardos geometricamente alinhados, naquela que já é considerada a "vinha fenómeno" em Guimarães, situada numa encruzilhada de Fermentões, Silvares e Ponte.
Beneficiando da exposição solar, das características únicas do solo e da "paixão" do proprietário, a produção da campanha deste ano promete continuar a atingir os valores sensacionais obtidos na última década.
Nos sete hectares de terreno, espera-se que a colheita possa rondar as 14 ou 15 toneladas de uvas que serão depois encaminhadas para a Adega Cooperativa de Guimarães. "Só depois da vindima é que se poderá apurar o rendimento efectivo, mas há um ganho indescritível que resulta da satisfação que sinto ao tocar nestas uvas, ano após ano, sabendo que resultam de muita dedicação e aprendizagem", aponta Joaquim Marques, diante da vinha que enche o olhar de quem a contempla como uma manifestação extraordinária de grandeza.
A dimensão dos cachos que chegam a pesar três e quatro quilos aliada ao esmero com que o seu impulsionador explica cada detalhe, com a experiência de quem vai descobrindo os segredos da vinha, tornaram-se conteúdos pedagógicos que são partilhados com os amigos e até crianças e idosos, utentes de instituições sociais locais, num ritual que celebra um dos momentos mais importantes do calendário rural.
Os prodigiosos cachos de uvas brancas, da casta loureiro, entrelaçam-se uns nos outros, encontra-se já no estado que maturação que permitirá a realização da vindima esta quarta-feira, num ambiente festivo de confraternização, unindo o trabalho e a animação.
"Foi necessário preparar a vindima", elucidou Joaquim Marques, ao recordar que foi em 2014 que decidiu substituir o milho pela vinha. "Este é o meu sonho. A produção de vinho dá mais satisfação do que a do milho. A minha paixão tornou-se a paixão de toda a família", observou, apontando para o genro que colabora e acompanha com interesse a evolução da vinha.
Rui Sampaio não esquece o ano em que foram plantadas as primeiras videiras. "Foi uma grande aposta, sempre acreditei que iria ser bem sucedida porque quando se trabalha com amor ao que se faz os resultados são satisfatórios", indicou, orgulhoso da paixão que o liga a Guimarães e ao ambiente rural.
Neste momento, está emigrado em França, na região da Aquitânia, onde trabalha no sector do ensino profissional ligado à agricultura biológica. "Há muito conhecimento que lá está mais desenvolvido do que aqui, novas técnicas e práticas mais evoluídas que se forem introduzidas aqui poderão contribuir para valorizar os nossos recursos", afirma, admitindo que poder vir a aplicar essa experiência na sua terra natal.
A esposa, Sofia Marques, exerce funções como enfermeira em França. O casal organiza-se para nesta época passar férias em Guimarães e participar na vindima. "É um momento em que tenho de estar presente e proporcionar aos meus dois filhos uma vivência que faz parte da minha infância. A vindima é sempre o momento mais esperado para quem se dedica à viticultura. O exemplo do meu pai transformou-se numa paixão para toda a família. Temos muito gosto naquilo que ele faz recebendo o apoio de todos. Quando lanço os olhos sobre esta vinha, sinto que estamos a manter um legado, transmitido pelos nossos pais e avós e que esperamos que os nossos filhos possam também seguir", realça a jovem, assinalando a presença discreta da mãe em todo o trabalho. "Não há vindima sem comida e na véspera não há mãos a medir para que não falte as batalhas com bacalhau e um belo arroz de pica-no-chão", sorri.
Доступные форматы для скачивания:
Скачать видео mp4
-
Информация по загрузке: