ARTIFICIAL

Entre luzes frias e corações programados, o que ainda é real?
Vivemos cercados por vozes que não sentem, por sorrisos que não tocam, por promessas feitas em código binário. “Artificial” é o reflexo de um mundo que aprendeu a parecer vivo — mas esqueceu de pulsar. É sobre o vazio de conexões que brilham na tela, mas não no peito. Sobre o toque que falta, o olhar que mente, a alma que grita em silêncio.

🎧 Um mergulho na era digital, onde o humano se perde entre algoritmos — tentando lembrar o que é sentir de verdade.

Letra:

Olhos frios, um verso digital,
Sorrisos copiados num gesto banal.
Toco o vazio e ele me toca igual,
Você se tornou um dado — virou artificial.

Códigos fingem que sabem sentir,
Máquinas dizem quando devo sorrir.
O toque é remoto, a alma é sinal,
Vivendo por dentro um erro fatal.

Coração em loop, batendo no zero,
Vivendo replay do que já não quero.
Tudo parece real, mas nada é sincero,
O mundo virou filtro, espelho e mistério.
Tela acesa, alma apagada,
Verdades plastificadas.
Tento achar o natural,
Mas o amor já vem com manual.

Me programo pra esquecer,
Mas o bug insiste em doer.
Entre zeros e uns, tento existir,
Num mundo que finge sorrir.

E se um dia eu desligar,
Será que alguém vai reparar?
Ou só mais um perfil vai sumir,
No feed do nunca mais voltar.

Olhos frios, um verso digital,
Sorrisos copiados num gesto banal.
Toco o vazio e ele me toca igual,
Você se tornou um dado — virou artificial.

Vivo entre pixels e promessas quebradas,
Curtidas vazias, almas apagadas.
Coração travando, mente cansada,
O real virou cena ensaiada.
Vozes falam, mas ninguém escuta,
Tudo em alta, mas a alma é muda.
O afeto é dado, a dor é vendida,
Em nome de views, a fé é perdida.

Amigos online, presença ausente,
Sorrisos automáticos, olhar indiferente.
As conexões cortam o que era quente,
O amor virou dado intermitente.
A pele sente o toque que falta,
O som da alma já não resgata.
Entre o algoritmo e o temporal,
Tudo pulsa — mas nada é vital.

Me disseram que amar é só questão de tempo,
Mas o tempo corre, e o peito fica lento.
Entre anúncios e promessas que mentem,
Procuro sentir num mundo que mente.
Deixei o coração em modo avião,
Só pra fugir da notificação.
A vida pisca, mas não desperta,
E a emoção vem pela tela aberta.

Se o mundo é código, quem decifra a dor?
Quem programa o rastro do amor?
Entre o frio do metal e o calor do real,
Ainda busco o que resta — no fim, o essencial.
Sou linha de comando tentando criar,
Algo que a máquina não vai imitar.
Mesmo no caos artificial,
Ainda há batidas — humanas, letais.

Olhos frios, um verso digital,
Sorrisos copiados num gesto banal.
Toco o vazio e ele me toca igual,
Você se tornou um dado — virou artificial.
Olhos frios, um verso digital,
Sorrisos copiados num gesto banal.
Toco o vazio e ele me toca igual,
Você se tornou um dado — virou artificial.

Sou parte de um sistema emocional,
Tentando sentir o que já é virtual.
Talvez o real nem exista afinal,
Num tempo onde o amor é… artificial...

A equipe AnimaTrap é:

Letras e Produção Musical
Maez

Interpretação
Azulah
Dj Fhera
Sammy
Luan "D" Lucky
Sorí

Arranjos Adicionais
John Fernandes

Audiovisual
Alavinhas

Todos os direitos reservados a Maní Music.

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