(11) BIBLIOGRAFIA: Roxane Rojo - Multiletramentos na escola
Автор: Com Curso
Загружено: 2023-07-25
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ROJO, R.H.R. Pedagogia dos Multiletramentos. In: ROJO, R.; MOURA, E. (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
O livro é uma coletânea de trabalhos colaborativos que resultaram de três cursos ministrados, em 2010, pela professora Roxane Rojo. Dois desses cursos foram disciplinas regulares de pós-graduação no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde ela atua, e outro, um minicurso de verão para o Mestrado em Estudos Linguísticos da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A organização dessa coletânea resulta da colaboração entre Rojo, que realizou um pósdoutorado na Universidade de Genebra, e Eduardo Moura, que desenvolve pesquisa de mestrado em Linguística Aplicada no IEL/ UNICAMP, sob a orientação da professora. A coletânea apresenta propostas de atividades de leitura crítica, análise e produção de textos multissemióticos – constituídos por diferentes linguagens –, tendo um enfoque multicultural. Envolvem, sobretudo, o uso de novas tecnologias digitais de comunicação e informação que, no dizer de um dos autores, “permitem a criação e o uso de imagem, de som, de animação e a combinação dessas modalidades”. No capítulo inicial, intitulado Pedagogia dos Multiletramentos, Roxane Rojo coloca para o leitor algumas questões fundamentais, sobretudo para aqueles que são professores. São problematizações que visam promover uma reflexão e buscam renovar a prática dos professores junto aos quais ela exerce atividades há muito tempo.
As questões colocadas na publicação são instigantes e sustentam as propostas didáticas apresentadas nos capítulos seguintes: “Por que abordar a diversidade cultural e a diversidade de linguagens na escola? Há lugar na escola para o pluralismo, para a multissemiose e para a abordagem pluralista das culturas? Por que propor uma pedagogia dos multiletramentos?” Segundo Rojo, os multiletramentos nos propiciam pensar, entre outras coisas, como as novas tecnologias da informação, os hipertextos e hipermídias podem mudar o que se entende, na escola, por ensinar e aprender. Para desenvolver seus argumentos a favor dos multiletramentos, inicialmente localiza a origem histórica desse conceito que procura cobrir dois “multi”: “a multiculturalidade característica das sociedades globalizadas e a multimodalidade dos textos por meio dos quais a multiculturalidade se comunica e informa”. Também Rojo enfatiza que, ao considerar esses dois “multi”, o conceito de multiletramentos avança em relação ao de letramento que, segundo ela, “não faz senão apontar para a multiplicidade e variedade das práticas letradas.” Ao longo do capítulo, Rojo apresenta as características e o funcionamento dos multiletramentos, justifica a necessidade de uma pedagogia dos multiletramentos e, além disso, apresenta, esquematicamente, como fazer essa pedagogia. Para a autora, essa pedagogia, resumidamente, parte da afirmação de que o mundo contemporâneo é caracterizado pela multiplicidade cultural que se expressa e se comunica por meio de textos multissemióticos (impressos ou digitais), ou seja, textos que se constituem por meio de uma multiplicidade de linguagens (fotos, vídeos e gráficos, linguagem verbal oral ou escrita, sonoridades) que fazem significar estes textos. Essa multimodalidade, multissemiose ou multiplicidade de linguagens exige multiletramentos, quer dizer, exige, nos dizeres de Rojo, “capacidades e práticas de compreensão e produção de cada uma delas (multiletramentos) para fazer significar.” Em outras palavras: exige novos letramentos, novas práticas e habilidades: digital, visual, sonora. Exige múltiplos letramentos. Os multiletramentos são “híbridos”, como foi acima apontado, são “interativos” (segundo Rojo, são colaborativos), sobretudo se pensarmos na tecnologia digital e suas ferramentas como, por exemplo, o blog. Também são “subversivos”, sobretudo se considerarmos o design do hipertexto, que permite várias conexões e trajetórias. Subvertem especialmente as relações “de controle unidirecional da comunicação e da informação (da produção cultural, portanto) e da propriedade dos ‘bens imateriais’ (ideias, texto, discurso, imagens, sonoridades)”. No espaço digital, temos um embate, por exemplo, entre a autoria e a apropriação. Nesse sentido, faz-se necessário que a escola discuta uma nova ética que, nos dizeres de Rojo, “não se baseie tanto na propriedade de direitos de autor, de rendimentos (que se dissolveram na navegação livre da web)”, e que também “discuta as novas estéticas que impregnam e constituem os textos contemporâneos”, multimodais, para transformar o consumidor acrítico em analista crítico.
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