Episodio 11
Автор: Alê Gomes
Загружено: 2025-09-21
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Neste episódio vamos relatar como eram as reuniões de auxiliares na sede principal. Mas antes, se inscreva no canal, dê o seu like, comentem também e compartilhem com seus amigos. Isso ajuda muito a espalhar essa mensagem e abrir os olhos de mais pessoas.
As reuniões na sede principal eram momentos em que esperávamos receber orientação, direção espiritual, aprendizado sobre como servir melhor as pessoas. Mas, na realidade, não era isso que acontecia. O foco nunca era Jesus, nunca era a Palavra de Deus ou a salvação das almas. O foco era cobrança, pressão e números.
Entrávamos no salão e já sentíamos o peso do ambiente. O discurso era sempre voltado para estatísticas: quantos grupos estavam ativos, quantos jovens compareceram, quantas pessoas novas foram trazidas, quantos dízimos e ofertas entraram naquela semana. A espiritualidade ficava em segundo plano. Ali, o que realmente interessava era o resultado visível, o crescimento numérico da instituição, e não a transformação real das vidas.
Havia também muita comparação. Um auxiliar era colocado contra o outro, sempre mostrando os “melhores resultados” para estimular inveja e competição. Pastores regionais faziam questão de expor quem estava “rendendo” mais e quem estava “ficando para trás”. Isso criava um clima pesado, de disputa, onde ninguém se via como irmãos em Cristo, mas como rivais dentro de uma empresa religiosa.
Nessas reuniões vi muitos sendo humilhados. Em uma ocasião, o bispo Cloclo entrou para dirigir a reunião e percebeu que um auxiliar o olhava de forma séria. De repente, ele disse em voz alta: “Por que você me olha assim, sério? Seriedade não é sinal de espiritualidade”. E continuou: “Na malandragem ninguém olha assim para o outro, pois você sabe o que acontece. Fui bandido também e sei como é isso”. Aquilo foi constrangedor para todos. Aquele auxiliar foi exposto diante de todos, sem ter feito nada de errado, apenas porque olhava com seriedade. E, para completar, depois de muitos anos ainda tive o desprazer de trabalhar com esse mesmo bispo — um hipócrita e beberrão.
Me lembro também que em uma dessas reuniões encontrei um amigo, que havia sido obreiro comigo. Nós conversávamos bastante sobre a obra e sobre as dificuldades que enfrentávamos. Um dia, ele me mostrou um caderno. Nele estavam escritos muitos “propósitos” e campanhas. Ele me disse: “Você precisa ter um caderno assim, para guardar os propósitos das reuniões que você faz”. E me lembro de um que ele sugeriu: fazer um propósito de se vestir todo de negro, colocar um caixão dentro da igreja, como se fosse um sepultamento, e pregar essa campanha para as pessoas. Que loucura! Vejam o que as cobranças faziam na cabeça de um auxiliar. Nada de Deus, nada de evangelho. O objetivo era apenas impressionar, chocar e, no fundo, arrecadar mais valores.
E havia ainda mais cobranças. Não se podia chegar tarde, pois logo após a reunião tínhamos que correr de volta para a igreja. Cada semana era um bispo diferente que dirigia os encontros, mas o Cloclo sempre estava lá — seja conduzindo ou observando. Eles sempre ensinavam como devíamos fazer as reuniões, como plantar envelopes e criar propósitos. E havia uma regra principal que todos repetiam: “Vocês não podem ficar atrás do pastor titular. Vocês têm que assumir a igreja do seu titular. Suas reuniões têm que superar as dele — em ofertas e em quantidade de povo.”
Saíamos dali pilhados, envenenados, incentivados a competir com o nosso próprio pastor titular. O sistema religioso nos ensinava a observar suas falhas, pegar seus “vasos”, conquistar o povo que era dele e tomar para nós a própria igreja. Não havia união, não havia parceria. Era cada um por si, numa corrida pelo poder e pela aprovação da liderança.
E era isso que mais me entristecia: o evangelho de Jesus ensina amor, unidade e serviço. Mas naquelas reuniões, o que víamos era cobrança, pressão e humilhação. Muitos saíam de cabeça baixa, desanimados, pensando se realmente estavam servindo a Deus ou apenas alimentando um sistema que só queria resultados para se exibir como “obra forte e próspera”.
No próximo episódio vou relatar como pastores eram escolhidos para ir para outros países e qual era o requisito principal. Se inscreva no canal, dê seu like, comente e compartilhe. Espero todos vocês no próximo episódio.
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