Por que a tensão entre EUA e Venezuela pode afetar o Brasil

A escalada de tensão entre Estados Unidos e Venezuela já começa a gerar volatilidade nos mercados e preocupa autoridades brasileiras. No programa Mercado, da revista VEJA, apresentado por Veruska Donato, o economista Rodrigo Simões, professor da FAC SP, analisa os riscos econômicos e financeiros das ameaças do presidente Donald Trump e as reações na América Latina.

O debate ganhou força após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, questionar a ausência da ONU diante das ameaças envolvendo o controle de petroleiros no Pacífico atribuídos à Venezuela. O presidente Lula também se manifestou, defendendo o diálogo e a solução pacífica dos conflitos, além de orientar o Itamaraty a manter atenção máxima sobre o tema.

“Essa tensão pode afetar diretamente o preço do petróleo”, afirma Rodrigo Simões.

Segundo o economista, o primeiro impacto potencial é sobre a cotação internacional do petróleo, com reflexos em combustíveis, transporte e inflação global. O segundo ponto de atenção é o aumento do prêmio de risco para países emergentes, o que encarece o custo do capital e reduz o valor dos ativos.

“Quando o prêmio de risco sobe, o custo do capital aumenta e os ativos perdem valor”, diz Simões.

Para ele, o Brasil tenta atuar diplomaticamente para reduzir os danos econômicos de uma possível escalada do conflito, já que é o principal país da América Latina e não quer sofrer efeitos colaterais dessa instabilidade regional.

📊 O programa Mercado, da revista VEJA, analisa os principais fatos da economia global e seus impactos diretos sobre o Brasil.

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