O ‘efeito dominó’ da queda do estrogênio: cansaço, inflamação e baixa imunidade

Você já reparou que, conforme o estrogênio começa a cair, o corpo responde de maneiras que antes não aconteciam? Muitas mulheres relatam mais cansaço, maior sensibilidade a gripes e resfriados, recuperação mais lenta e uma fadiga que parece não passar. Esses sinais têm explicação: a redução do estrogênio influencia diretamente o funcionamento do sistema imunológico.

Neste vídeo, explicamos de forma simples como o estrogênio participa da regulação da imunidade e por que sua queda no climatério e na menopausa pode deixar o corpo mais vulnerável, aumentar processos inflamatórios e contribuir para sintomas como cansaço persistente, energia baixa e sensação de desgaste físico e mental.

Durante a vida reprodutiva, o estrogênio ajuda a modular células de defesa, a controlar inflamações e a melhorar a resposta do organismo a vírus e bactérias. Quando esse hormônio diminui, essas funções ficam menos eficientes. Estudos mostram que, após a menopausa, há aumento de citocinas pró-inflamatórias e redução de componentes importantes do sistema imune, o que torna o corpo mais suscetível a infecções e gera uma recuperação mais lenta.

Outro ponto fundamental é o sono. Muitas mulheres passam a dormir pior nesta fase, e isso afeta diretamente a imunidade. É durante o sono que o corpo realiza reparos, regula hormônios, equilibra a inflamação e fortalece as defesas naturais. Quando o descanso não acontece de forma adequada, o sistema imunológico fica ainda mais comprometido, intensificando a sensação de fadiga.

A própria fadiga típica da menopausa não está ligada apenas às atividades do dia a dia. Ela reflete também alterações hormonais, mudanças metabólicas e variações emocionais que acontecem nesse período de transição. Por isso, muitas mulheres relatam desânimo, perda de energia e dificuldade para manter o mesmo ritmo de antes — mesmo sem grandes esforços físicos.

A boa notícia é que existem estratégias eficazes para atravessar essa fase com mais saúde e bem-estar. Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, ajuda a reduzir inflamação e fortalece a imunidade. Evitar ultraprocessados também contribui para melhorar disposição e vitalidade. Exercícios de força têm papel essencial: aumentam massa muscular, regulam metabolismo e estimulam substâncias que reduzem inflamação, favorecendo mais energia e melhor qualidade de vida.

Criar um ritual de sono — como diminuir o uso de telas antes de deitar, fazer atividades relaxantes ou ajustar o ambiente — pode melhorar significativamente a qualidade do descanso. E, claro, buscar orientação médica é fundamental. Dependendo da avaliação, a terapia hormonal pode ser indicada para equilibrar sintomas, melhorar bem-estar geral e até favorecer respostas imunológicas.

Aqui no Climatério Casal Brasil, nosso propósito é oferecer informação clara e acolhedora para que você entenda o que está acontecendo no seu corpo e saiba que não precisa passar por tudo isso sozinha. A menopausa é uma fase natural, e com conhecimento e cuidado é possível vivê-la com mais leveza, saúde e energia.

Se este conteúdo te ajudou, deixe seu comentário e compartilhe com outras mulheres. Informação transforma vidas — e você merece viver essa fase com mais qualidade e tranquilidade.

Principais Fontes de Pesquisa

Menopause and aging: changes in the immune system — revisão sobre alterações imunológicas após a menopausa, incluindo aumento de citocinas pró-inflamatórias e redução de células imunes. (PubMed)

Efeitos da terapia hormonal na menopausa sobre o sistema imune — revisão que explica como o estrogênio modula a imunidade celular e humoral. (Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia / Febrasgo)

Menopausal immunity and inflammation — estudo que relaciona queda do estrogênio ao aumento de inflamação e alterações na resposta imune. (Journal of Neuroinflammation / BioMed Central)

Regulação da imunossenescência por hormônios gonadais — análise sobre o papel do estradiol na redução de processos inflamatórios e no equilíbrio da imunidade. (Molecular Medicine Reports)

Inflamação e perda óssea associada à deficiência de estrogênio — pesquisa que mostra como a queda hormonal ativa vias inflamatórias. (PubMed)