O que as mulheres precisam saber para fazer atividade física em casa

O que as mulheres aposentadas precisam saber para fazer atividade física em casa

Talvez você seja uma mulher que já cansou de ouvir o quanto a atividade física é importante (quem nunca??), mas ainda não venceu esse objetivo.
Depois dos 50 anos e já aposentada, provavelmente você pensou que por fim conseguiria colocar isso em prática, mas não foi isso que aconteceu. E não dá pra abrir mão dessa atividade tão recomendada por todos os profissionais da saúde. É realmente muito importante, os benefícios são inúmeros.

Mas como resolver? Por que as pessoas conseguem e eu não?
Eu vou te mostrar que aqueles que conseguem passaram por um processo de CONSTRUÇÃO, um processo de APRENDIZAGEM de estratégias e de uma relação com a atividade física que talvez você não tenha recebido “naturalmente” da vida ou de alguém.

O que eu quero com essa informação é te motivar a seguir em frente, com a clareza de que você pode aprender agora - passo a passo - e colher os benefícios disso pro resto da vida.

Desistir não pode ser uma opção. Vamos em frente!

O primeiro ponto é entender que você está de frente para um objetivo com alto nível de dificuldade e desafio. Se você entra no projeto difícil, uma batalha, como se fosse um passeio no bosque, a sua chance de fracasso aumenta.

É importante eu dizer que enquanto terapeuta ocupacional que conecta pessoas a atividades relevantes, o meu objetivo é facilitar o processo do “fazer” para te aproximar dessa atividade de uma forma mais amigável e promissora.

Se você tem um educador ou educadora física que te acompanha, compartilhe com ele(a) as mudanças que quiser implantar. No meu caso hoje, eu tenho o Dudu, Eduardo Resende, e o que eu fiz com ele foi exatamente isso. Discuti uma forma mais macia pra começar e com o tempo vou exigindo mais de mim. Caso contrário, é desistência na certa!

No incrível mundo das atividades existem infinitas variáveis que facilitam ou dificultam a sua aproximação delas e eu quero te ensinar a enxergar melhor os seus processos práticos cotidianos para que você possa ser mais feliz e mais livre na aposentadoria. Na vida! É enfrentar ou aceitar uma vida mais ou menos… se você escolhe seguir em frente, continue lendo o texto que ajuda a sedimentar a mudança desejada.
O que mais fazer para avançar nessa busca?

No início, facilite tudo que for possível. Pra mim, um exemplo é fazer todos os exercícios que preciso estar deitada, em uma mesma sequência e todos que eu estiver em pé, também.

Atenção à duração da atividade! Estabeleça um tempo que seja mais curto para que não se torne um sofrimento e você ganhe aversão a ela.
No início, sugiro no máximo de 20 a 30 minutos. Quanto mais leve, maior a chance de você voltar a fazer. Se for muito doloroso, a chance de desistir é enorme.

Você já viu os processos de adaptação das crianças à escola? Muitas pedem para os pais não deixarem a criança por tanto tempo nos primeiros dias para que ela tenha vontade de voltar. O registro do prazer é muito importante para a continuidade da prática.

Evite se distrair durante a prática da atividade física. Isso faz com que você demore mais tempo para concluir a atividade, o que vai tornando o momento mais pesado. Não fique olhando e respondendo o WhatsApp, trabalhando ao mesmo tempo. Comece com foco e termine o mais rápido possível.

Deixe a sua roupa e o tênis separados ao lado da cama antes de dormir. Acordar e já vestir, te dá um impulso a mais pra fazer o que precisa, sem desviar a atenção para outras coisas.

Com este conteúdo claro na cabeça você terá muito mais chance de colocar a atividade física em prática mais e mais vezes até que ela se torne um hábito.

Passe as palavras chave do que eu compartilhei aqui para uma folha em branco e cole em uma parede bem visível. O que precisa ser lembrado precisa ser visto!

Todos esses detalhes fazem diferença. Te armam para a batalha com a atividade física e quando você menos esperar, essa guerra terá se tornado uma linda história da amor…

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Cecília Xavier é graduada em Terapia Ocupacional com especialização (SBGG) e mestrado (UFMG) na área da gerontologia e saúde mental. Fundou a empresa Trampolim 60+, focada em preparar pessoas para a longevidade e para a aposentadoria. Possui grande experiência clínica (19 anos), é empreendedora social, palestrante e produtora de conteúdos digitais. Atualmente compõe a diretoria da SBGG-MG - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de Minas Gerais.