Epopéia de Gilgamesh Parte V - O Touro dos Céus

“A fúria divina de Ishtar ganha vida nesta faixa: o ataque do Touro dos Céus e a batalha que redefine o destino dos heróis.”


Gušanna! Gušanna!

Ishtar clama vingança no templo do céu,
Em lágrimas de fogo, seu ódio é cruel.
O mundo estremece, o ar fica tenso,
O destino dos homens se torna imenso.

Ela ruge aos deuses, exige punição,
Que Uruke prove o peso da devastação.
Das nuvens irrompe o terrível clamor,
O Touro dos Céus desperta em terror!

Gušanna! Gušanna! O céu vai rasgar!
Gušanna! Gušanna! A terra vai sacolejar!
Gušanna! Gušanna! O caos vai reinar!
Mas juntos, heróis, vamos lutar!

Gilgamesh: Vem, fera divina, provar minha mão!
Enkidu: Tua força é grande mas não temo o trovão!
Gilgamesh: Em nome de Uruk, avanço sem hesitar!
Enkidu: E ao teu lado, irmão, eu vou lutar!

O monstro investe, o mundo se parte,
O chão se abre em golpes de arte.
Mas os heróis rugem, o sangue ferve,
O Touro recua, o destino se serve.

O golpe é certeiro, a fúria explode,
O rugido corta, o céu se sacode.
No último embate, o ar se desfaz,
O Touro dos Céus já não ruge mais.

Ishtar grita, o céu se contorce,
O mundo assiste ao peso da força.
Dois guerreiros — lenda e união —
Desafiam a ira da criação!

Gušanna! Gušanna! O céu vai rasgar!
Gušanna! Gušanna! A terra vai sacolejar!
Gušanna! Gušanna! O caos vai reinar!
Mas juntos, heróis, vamos lutar!

Na poeira dos deuses se ergue a canção:
Os heróis venceram a destruição!


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