SEGUNDO DIA EM ALTER DO CHÃO (PA): Floresta Encantada + Ilha do Amor + Serra da Piraoca

Depois de um primeiro dia intenso em Alter do Chão, acordamos mais tarde para aproveitar um café da manhã reforçado na Pousada Sombra do Cajueiro: tapioca, bolo, frutas e ovos mexidos para repor as energias. A parte chata foi ter que perder tempo de novo reclamando com a companhia aérea, já que nossas malas ainda não tinham chegado.

Seguimos caminhando pela orla até a ACFA, de onde saem os passeios, com o calor amazônico já se anunciando. Embarcamos rumo ao Igarapé Cuicuera, parte da famosa Floresta Encantada. O nome, em tupi, significa “areia fina” e faz jus ao cenário. Como não é permitido barco motorizado dentro dos igapós, seguimos em uma canoa guiada pelo Jair. Escolhemos o passeio de uma hora (R$100), que incluía também uma parada na praia.

A travessia pelos igapós foi como entrar em um labirinto mágico: árvores submersas, troncos refletidos na água e feixes de luz atravessando a copa. Em certos momentos chegávamos a bater levemente nos troncos, o que deixava a experiência ainda mais imersiva. Ao chegar à praia, aproveitamos para nadar, pular de uma estrutura de madeira e relaxar. Teve até surpresa: uma iguana pulou da árvore e nadou ao nosso lado, arrancando risadas e um susto inicial.

Na volta, ainda rolou o imprevisto de perder os óculos, que felizmente encontramos graças à água cristalina. Depois seguimos para a Praia da Valéria, um banco de areia que avança pelo rio, perfeito para caminhar e descansar. Ficamos ali cerca de uma hora, conversando e aproveitando a calmaria.

A parada final do passeio foi na Ilha do Amor, o cartão-postal de Alter do Chão. Com restaurantes pé na areia e até mesas dentro d’água, escolhemos um para almoçar: pedimos filé de pirarucu (R$100) e petiscos como isca de pirarucu e manjubinha. A refeição serviu bem para o grupo, e Nicolas se divertiu muito brincando na areia e na água com novos amigos.

Por volta das 16h, seguimos para a trilha da Serra da Piroca. São 2 km de caminhada, sendo a maior parte plana e a última parte em subida íngreme de 110 metros. O terreno tem muitas pedras soltas e, como estávamos de chinelo por conta das malas atrasadas, a subida exigiu esforço redobrado — especialmente levando uma criança no colo. Depois de 45 minutos chegamos ao topo, onde há uma cruz e uma vista quase 360º sobre rios, florestas, a Ilha do Amor e Alter do Chão. O pôr do sol começou a colorir o céu, tornando tudo ainda mais especial.

A descida foi cansativa, mas conseguimos chegar de volta à praia ainda com luz. Vimos uma cerimônia indígena acontecendo na beira do rio e seguimos nosso caminho até encontrar um barco que nos levou de volta ao centrinho por R$20. Para fechar o dia, jantamos no restaurante Mãe Natureza — crepe de frango e hambúrguer — e passeamos pela pracinha, onde estava acontecendo uma missa na igreja. Nicolas, animado, ainda fez uma oração antes de voltarmos para a pousada.

Finalmente, ao chegar, a boa notícia: nossas malas haviam sido entregues. Um alívio depois de dois dias de espera. Assim fechamos nosso segundo dia em Alter do Chão, uma mistura de descanso, aventura e paisagens inesquecíveis, com direito a floresta inundada, praias de rio e um pôr do sol de tirar o fôlego.

00:00 Introdução
00:35 Início do passeio + navegação até Floresta Encantada
02:40 Igarapé Cuicuera
04:39 Floresta Encantada
08:07 Praia da Valéria
10:12 Almoço na Ilha do Amor
10:57 Ilha do Amor
12:00 Trilha da Serra da Piraoca
13:39 Topo da Serra da Piraoca
15:08 Fim de trilha
16:17 Centrinho de Alter à noite
17:24 Encerramento

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