Descobertas ocultas na Amazônia geoglifos revelam civilizações antigas em meio à floresta
Автор: Operador Fox
Загружено: 2024-07-20
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Descobertas ocultas na Amazônia geoglifos revelam civilizações antigas em meio à floresta
Sem precisar desmatar, pesquisadores do Inpe usam tecnologia que alia sensores de laser e satélites para mapear a superfície da floresta de maneira tridimensional. Para cientistas, marcas geométricas provam existência de civilizações organizadas na região amazônica séculos antes da chegada dos europeus.
A Amazônia reúne cerca de trezentas espécies de mamíferos, 1.300 de aves e 40 mil de plantas. Esses são alguns dos tesouros visíveis desse bioma. Mas entre raízes se escondem outras riquezas da floresta.
Por baixo de toda a biomassa da Amazônia – que soma 75 bilhões de toneladas – cientistas encontram geoglifos - grandes figuras geométricas marcadas no chão que descortinam sinais do passado há muito escondidos.
“Essas estruturas são várias coisas diferentes, elas são pedaços de estradas, são aterros, são valas que provavelmente tinham um papel defensivo pra proteger aquelas antigas aldeias ou o que a gente chama de assentamentos também, que eram aquelas grandes aldeias do passado”, explica Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Para a arqueologia, essas marcas geométricas - que já eram visíveis em áreas desmatadas - provam a existência de civilizações organizadas vivendo na região amazônica séculos antes da chegada dos europeus.
Sem precisar desmatar, pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) conseguiram identificar estruturas semelhantes escondidas na mata fechada.
Debaixo da floresta, pesquisadores identificaram estruturas de áreas delimitadas, mais ou menos do tamanho de um quarteirão de uma cidade de hoje em dia, e estradas ligando uma estrutura a outra.
O que essas "cicatrizes" na floresta sugerem é que os povos originários tinham conhecimento para fazer manejo de rios e da vegetação. Só na área estudada, 53 espécies de árvores foram descritas como "domesticadas".
Semana passada, outro artigo publicado na revista Science revelou ruínas de cidades de 2.500 anos na selva da área equatoriana da Amazônia. No México, foi encontrada ano passado uma cidade maia com pirâmides e palácios - totalmente enterrada.
Mesmo mapeando menos de 0,1% da área da Amazônia, a pesquisa - que virou artigo na revista Science - encontrou 24 geoglifos até então desconhecidos nos estados de Mato Grosso, Acre, Amapá, Amazonas e Pará.
Mas a estimativa é de que o número seja muito maior.
Com dados advindos de uma tecnologia chamada lidar, sigla em inglês que significa "detecção e alcance de luz" - um pequeno avião carrega um sensor que emite feixes de laser capazes de mapear a superfície do terreno de maneira tridimensional com a ajuda de satélites.
Essa revolução tem aproximado a arqueologia de outra área de estudos: a antropologia. Descobertas físicas possibilitam novas leituras sobre a cultura dos povos originários do território brasileiro.
“Quando arqueólogos olham para as pirâmides maias, para as ruínas incas, mesmo para o Egito, eles vão falar na ideia de monumentalidade. A gente pode pensar que a Amazônia é a grande monumentalidade que a gente legou dos povos que habitaram esse tempo. A monumentalidade está na própria floresta, na própria paisagem”, exalta a antropóloga da Unicamp Joana Cabral.
A equipe de cientistas chegou a esta conclusão após a identificação de 24 novos registros arqueológicos, por meio de uma tecnologia avançada de mapeamento remoto, utilizando um laser embarcado em avião, conhecido como LiDAR (Light Detection and Ranging). O sensor permite reconstruir os elementos da superfície em um modelo 3D com um nível extraordinário de detalhes. Vinicius Peripato explica: “A partir dos modelos 3D da superfície é possível remover digitalmente toda a vegetação e iniciar uma investigação precisa e detalhada do terreno sob a floresta”. A equipe utilizou várias bases de dados LiDAR que foram inicialmente obtidas para estimativas de biomassa. Peripato afirma que “dada a riqueza de informações contidas nesses dados, partimos para a investigação arqueológica. Investigamos um total de 0,08% da Amazônia e encontramos 24 estruturas, jamais catalogadas, nos estados brasileiros de Mato Grosso, Acre, Amapá, Amazonas e Pará”
Usando todos os registros de obras terra encontrados até agora (961), a equipe também quantificou quantas estruturas ainda podem ser encontradas e demonstrou que dezenas de espécies de árvores estão relacionadas com essas ocupações antigas que remontam de 1.500 a 500 anos atrás. Essas estruturas são conhecidas como “obras de terra”, e são anteriores à chegada dos europeus no continente.
LiDAR (Light Detection and Ranging)
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Observação da Terra - INPE
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